Bruno Ribeiro e Willian Cardoso
Clipping Educacional - do Agora
O Ministério da Educação avaliou com notas ruins a maior parte dos cursos superiores que formam professores de ensino médio na capital. De cada 4 cursos das disciplinas de física, química, matemática, história, geografia, filosofia e letras, apenas 1 conseguiu ficar no conceito 4 ou 5 (os melhores da avaliação).
Os resultados são do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e foram divulgados anteontem. Ao todo, 77 cursos de licenciatura receberam nota no teste: 58 deles (ou 75% do total) tiveram notas entre 1 e 3, enquanto apenas 19 cursos (25%) ficaram com nos conceitos bons.
A avaliação ruim segue tendência do país todo. A maioria das faculdades e universidades em que os futuros professores de ensino médio estão estudando não é boa, segundo a avaliação. 1978 cursos dessas áreas tiveram nota no Enade, mas só 412 (21%) foram bem na avaliação.
O professor da Faculdade de Educação da USP, Ocimar Munhoz Alavarse vê os números com preocupação e pede medidas drásticas e urgentes para reverter o quadro. "O MEC precisa impedir que esses cursos existam. Talvez até o Ministério Público tenha que entrar em cena", afirma.
Ele diz que é necessário investimento para reciclagem os profissionais e que, durante 15 anos, houve uma política pública de incentivo à instalação de cursos universitários no Brasil, muitos sem ter condição de existirem. "Houve um lobby muito grande e isso precisa ser revertido agora", diz Alavarse.
Na capital, o curso que mais teve notas ruins foi letras. Dos 21 cursos, 14 foram mal. A única disciplina que teve mais notas boas do que ruins foi filosofia. Em física e química, nenhum dos cursos da cidade conseguiu se sair bem.
A USP, que fica na capital, não participou da avaliação. Diz não concordar com a forma como o Enade é feito. Sendo assim, só um curso público foi avaliado nessas áreas: física do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo), que ficou com nota 3. Os outros são todos particulares (alguns gratuitos, com planos de bolsas de estudo).
A Uniban, que figura em diversos dos cursos mal avaliados, fala que o desempenho das universidades particulares é afetado por mais um fator: "os alunos do ensino superior privado vem majoritariamente do ensino básico público prejudicados, pela formação que obtiveram. São as universidades particulares que acolhem esses alunos. Por outro lado as instituições publicas, em razão dos rigorosos processos seletivos instituídos, atendem quase que exclusivamente os egressos do ensino básico privado, melhor formados", diz a instituição, em nota.
O Ministério da Educação avaliou com notas ruins a maior parte dos cursos superiores que formam professores de ensino médio na capital. De cada 4 cursos das disciplinas de física, química, matemática, história, geografia, filosofia e letras, apenas 1 conseguiu ficar no conceito 4 ou 5 (os melhores da avaliação).
Os resultados são do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e foram divulgados anteontem. Ao todo, 77 cursos de licenciatura receberam nota no teste: 58 deles (ou 75% do total) tiveram notas entre 1 e 3, enquanto apenas 19 cursos (25%) ficaram com nos conceitos bons.
A avaliação ruim segue tendência do país todo. A maioria das faculdades e universidades em que os futuros professores de ensino médio estão estudando não é boa, segundo a avaliação. 1978 cursos dessas áreas tiveram nota no Enade, mas só 412 (21%) foram bem na avaliação.
O professor da Faculdade de Educação da USP, Ocimar Munhoz Alavarse vê os números com preocupação e pede medidas drásticas e urgentes para reverter o quadro. "O MEC precisa impedir que esses cursos existam. Talvez até o Ministério Público tenha que entrar em cena", afirma.
Ele diz que é necessário investimento para reciclagem os profissionais e que, durante 15 anos, houve uma política pública de incentivo à instalação de cursos universitários no Brasil, muitos sem ter condição de existirem. "Houve um lobby muito grande e isso precisa ser revertido agora", diz Alavarse.
Na capital, o curso que mais teve notas ruins foi letras. Dos 21 cursos, 14 foram mal. A única disciplina que teve mais notas boas do que ruins foi filosofia. Em física e química, nenhum dos cursos da cidade conseguiu se sair bem.
A USP, que fica na capital, não participou da avaliação. Diz não concordar com a forma como o Enade é feito. Sendo assim, só um curso público foi avaliado nessas áreas: física do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo), que ficou com nota 3. Os outros são todos particulares (alguns gratuitos, com planos de bolsas de estudo).
A Uniban, que figura em diversos dos cursos mal avaliados, fala que o desempenho das universidades particulares é afetado por mais um fator: "os alunos do ensino superior privado vem majoritariamente do ensino básico público prejudicados, pela formação que obtiveram. São as universidades particulares que acolhem esses alunos. Por outro lado as instituições publicas, em razão dos rigorosos processos seletivos instituídos, atendem quase que exclusivamente os egressos do ensino básico privado, melhor formados", diz a instituição, em nota.
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