Clipping Educacional - Diário do Nordeste (14.09.2009)
Um em cada grupo de dez brasileiros com idade superior a 15 anos continua analfabeto, apesar dos programas governamentais para reverter esse quadroA Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do IBGE, quantificou o número de pessoas arroladas nessa lamentável condição em 14,1 milhões de jovens e adultos.
Entretanto, quando comparado com as estatísticas de 1970, houve avanço significativo, pois os analfabetos alcançavam 33,6% da população do País naquela época. Embora tenha havido ganhos no esforço para erradicar essa chaga social, o problema adquiriu outros agravantes, como a condição de analfabeto funcional, atribuída a quem freqüentou a escola, mas continua sem saber ler e escrever.
Quantitativamente, o País conseguiu a universalização do ensino fundamental, ao matricular 97% das crianças com idade entre 7 e 14 anos. Contudo, a qualidade da aprendizagem na escola pública permanece aquém do mínimo exigido pelos parâmetros avaliadores do desempenho escolar. Entre os idosos, principalmente, 52% dos analfabetos estão no Nordeste e 40% deles têm idade acima de 60 anos.
Educadores engajados no esforço governamental pela alfabetização de adultos desenvolveram novos métodos e técnicas de aprendizagem, conseguindo motivar os grupos amadurecidos pelos anos nas salas de aula. Falta, entretanto, mobilização para assegurar a continuidade em torno desses estudos seqüenciais, de modo a evitar as desistências.
Hoje em dia, a ausência do saber tem sido uma barreira capaz de fechar as portas do mercado de trabalho àqueles sem a devida escolaridade e a qualificação para as funções urbanas. Nesse ponto, merece ser ressaltado o projeto desenvolvido com apoio da Federação das Indústrias do Ceará, no sentido de proporcionar às empresas privadas a oportunidade de abertura de salas de aula nos canteiros de obras da construção civil para alfabetização de seus empregados, sem prejuízo da carga de trabalho.
Com a oferta desse serviço especializado, qualquer segmento industrial tem condições de montar ambientes educacionais nas próprias empresas para remover os obstáculos impeditivos do crescimento pessoal e profissional de seus colaboradores. Essa qualificação tem sido feita dentro de padrões modernos de aprendizagem, a ponto de servir como referencial para outras regiões do País.
Há em curso uma verdadeira corrida educacional. O fator de atraso, que se cinge ao analfabetismo, alcançará, em breve, o ensino fundamental, irrelevante para o desempenho de muitas tarefas. A tendência verificada nas linhas de produção aponta para uma evolução cada vez mais complexa, de tal modo a exigir tanto maior escolaridade, como programas continuados de aperfeiçoamento e especialização da mão-de-obra engajada nos processos produtivos. O mercado de trabalho sofre transformações constantes, necessitando a adequação de seus operadores a essas transformações.
Erradicar o analfabetismo é tarefa precípua do poder público, mas não impede o contributo de qualquer cidadão. Nesse desafio, todos os esforços serão bem recebidos, ampliando o leque de oportunidades para retirar das trevas da privação do conhecimento quem não teve a oportunidade de freqüentar a escola formal e regular. E o melhor exemplo começa por exigir do poder público ações efetivas para erradicar essa mazela.
Fonte:http://e-educador.com
Um em cada grupo de dez brasileiros com idade superior a 15 anos continua analfabeto, apesar dos programas governamentais para reverter esse quadroA Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do IBGE, quantificou o número de pessoas arroladas nessa lamentável condição em 14,1 milhões de jovens e adultos.
Entretanto, quando comparado com as estatísticas de 1970, houve avanço significativo, pois os analfabetos alcançavam 33,6% da população do País naquela época. Embora tenha havido ganhos no esforço para erradicar essa chaga social, o problema adquiriu outros agravantes, como a condição de analfabeto funcional, atribuída a quem freqüentou a escola, mas continua sem saber ler e escrever.
Quantitativamente, o País conseguiu a universalização do ensino fundamental, ao matricular 97% das crianças com idade entre 7 e 14 anos. Contudo, a qualidade da aprendizagem na escola pública permanece aquém do mínimo exigido pelos parâmetros avaliadores do desempenho escolar. Entre os idosos, principalmente, 52% dos analfabetos estão no Nordeste e 40% deles têm idade acima de 60 anos.
Educadores engajados no esforço governamental pela alfabetização de adultos desenvolveram novos métodos e técnicas de aprendizagem, conseguindo motivar os grupos amadurecidos pelos anos nas salas de aula. Falta, entretanto, mobilização para assegurar a continuidade em torno desses estudos seqüenciais, de modo a evitar as desistências.
Hoje em dia, a ausência do saber tem sido uma barreira capaz de fechar as portas do mercado de trabalho àqueles sem a devida escolaridade e a qualificação para as funções urbanas. Nesse ponto, merece ser ressaltado o projeto desenvolvido com apoio da Federação das Indústrias do Ceará, no sentido de proporcionar às empresas privadas a oportunidade de abertura de salas de aula nos canteiros de obras da construção civil para alfabetização de seus empregados, sem prejuízo da carga de trabalho.
Com a oferta desse serviço especializado, qualquer segmento industrial tem condições de montar ambientes educacionais nas próprias empresas para remover os obstáculos impeditivos do crescimento pessoal e profissional de seus colaboradores. Essa qualificação tem sido feita dentro de padrões modernos de aprendizagem, a ponto de servir como referencial para outras regiões do País.
Há em curso uma verdadeira corrida educacional. O fator de atraso, que se cinge ao analfabetismo, alcançará, em breve, o ensino fundamental, irrelevante para o desempenho de muitas tarefas. A tendência verificada nas linhas de produção aponta para uma evolução cada vez mais complexa, de tal modo a exigir tanto maior escolaridade, como programas continuados de aperfeiçoamento e especialização da mão-de-obra engajada nos processos produtivos. O mercado de trabalho sofre transformações constantes, necessitando a adequação de seus operadores a essas transformações.
Erradicar o analfabetismo é tarefa precípua do poder público, mas não impede o contributo de qualquer cidadão. Nesse desafio, todos os esforços serão bem recebidos, ampliando o leque de oportunidades para retirar das trevas da privação do conhecimento quem não teve a oportunidade de freqüentar a escola formal e regular. E o melhor exemplo começa por exigir do poder público ações efetivas para erradicar essa mazela.
Fonte:http://e-educador.com
0 comentários:
Postar um comentário