Clipping Educacional - Folha de São Paulo / Agora (18.08.2009)
Na volta às aulas, estudantes trocam beijos e abraços, contrariando alertas; colégios abrem portas e janelas e oferecem álcool em gelAluno da sétima série de colégio particular foi retirado da sala, segundo os colegas, após espirrar duas vezes seguidas na classe.
Ontem, dia em que as escolas de São Paulo retomaram as aulas, muitos estudantes não seguiram as recomendações dos colégios para evitar a gripe suína. A volta às aulas deveria ter ocorrido duas semanas atrás, mas foi adiada para reduzir o contágio pelo vírus H1N1.
Uma cena que simboliza a despreocupação dos estudantes ocorreu no colégio Arquidiocesano, na Vila Mariana (zona sul). O diretor Ascânio João Sedrez contou que, ao acompanhar a entrada de alunos, chamou a atenção de um grupo do ensino médio que se abraçava pelo reencontro. Em vez de atenderem ao apelo, os estudantes foram abraçar o diretor.
Para prevenir a transmissão, os colégios adotaram medidas como manter janelas e portas abertas e ventiladores ligados e oferecer álcool em gel para que os alunos desinfetem as mãos. Também colocaram copos descartáveis ao lado dos bebedouros, para evitar contato com o local onde um possível doente tenha encostado a boca.
O Bandeirantes, na Vila Mariana (zona sul), não contava com a dificuldade de lidar com abraços e beijos entre os colegas. "Não adianta lutar contra. São uma manifestação da nossa cultura", disse Mauro de Salles Aguiar, diretor do colégio.
Fernando da Costa Gomes, do 3º ano do ensino médio, era pura despreocupação. Ao lado da namorada, Carolina Braga, da mesma série, debochava do que considera "exagero". "Passei as férias todas com ela. Se fosse para contrair alguma doença, já teria acontecido."
No colégio Rio Branco, em Higienópolis (região central), a celebração da volta às aulas, além de beijos e abraços, contou com refrigerantes e chocolates rodando de boca em boca.
Na hora da saída, o colégio Visconde de Porto Seguro, no Morumbi (zona oeste), reunia um grupo de alunas mascaradas. "Minha mãe mandou usar se achasse que a coisa ia ficar feia. Agora estamos só brincando mesmo", disse Patrícia Nunes, do 1º ano do ensino médio.
Um aluno do 7º ano do colégio Alfredo Castro, em Perdizes (zona oeste), foi retirado de sala após espirrar duas vezes. Um funcionário disse que ele tinha 38C de febre e coriza. Sua mãe foi chamada para buscá-lo.
Das cerca de 20 escolas públicas e privadas visitadas pela Folha, houve problemas em três da zona leste (duas estaduais e uma municipal). Alunos reclamaram da falta de orientações sobre a gripe e de sabonetes líquidos nos banheiros.
Pais de estudantes disseram ter dúvidas sobre a disseminação da gripe nas escolas. Foi o caso da decoradora Clara Marcelli, mãe de Kayque, aluno do 5º ano do Rio Branco. "A criançada se abraça e se beija. Eles acham que é brincadeira."
A dentista Maria Alice Toledo, que levou a filha Rafaela também ao Rio Branco, se disse aliviada por poder retornar à rotina. "De que adianta aumentar as férias se os outros alunos viajam, se encontram, vão para o shopping, vão ao cinema? É impossível mantê-los em casa por muito tempo", comentou.
Fonte: http://e-educador.com
Ontem, dia em que as escolas de São Paulo retomaram as aulas, muitos estudantes não seguiram as recomendações dos colégios para evitar a gripe suína. A volta às aulas deveria ter ocorrido duas semanas atrás, mas foi adiada para reduzir o contágio pelo vírus H1N1.
Uma cena que simboliza a despreocupação dos estudantes ocorreu no colégio Arquidiocesano, na Vila Mariana (zona sul). O diretor Ascânio João Sedrez contou que, ao acompanhar a entrada de alunos, chamou a atenção de um grupo do ensino médio que se abraçava pelo reencontro. Em vez de atenderem ao apelo, os estudantes foram abraçar o diretor.
Para prevenir a transmissão, os colégios adotaram medidas como manter janelas e portas abertas e ventiladores ligados e oferecer álcool em gel para que os alunos desinfetem as mãos. Também colocaram copos descartáveis ao lado dos bebedouros, para evitar contato com o local onde um possível doente tenha encostado a boca.
O Bandeirantes, na Vila Mariana (zona sul), não contava com a dificuldade de lidar com abraços e beijos entre os colegas. "Não adianta lutar contra. São uma manifestação da nossa cultura", disse Mauro de Salles Aguiar, diretor do colégio.
Fernando da Costa Gomes, do 3º ano do ensino médio, era pura despreocupação. Ao lado da namorada, Carolina Braga, da mesma série, debochava do que considera "exagero". "Passei as férias todas com ela. Se fosse para contrair alguma doença, já teria acontecido."
No colégio Rio Branco, em Higienópolis (região central), a celebração da volta às aulas, além de beijos e abraços, contou com refrigerantes e chocolates rodando de boca em boca.
Na hora da saída, o colégio Visconde de Porto Seguro, no Morumbi (zona oeste), reunia um grupo de alunas mascaradas. "Minha mãe mandou usar se achasse que a coisa ia ficar feia. Agora estamos só brincando mesmo", disse Patrícia Nunes, do 1º ano do ensino médio.
Um aluno do 7º ano do colégio Alfredo Castro, em Perdizes (zona oeste), foi retirado de sala após espirrar duas vezes. Um funcionário disse que ele tinha 38C de febre e coriza. Sua mãe foi chamada para buscá-lo.
Das cerca de 20 escolas públicas e privadas visitadas pela Folha, houve problemas em três da zona leste (duas estaduais e uma municipal). Alunos reclamaram da falta de orientações sobre a gripe e de sabonetes líquidos nos banheiros.
Pais de estudantes disseram ter dúvidas sobre a disseminação da gripe nas escolas. Foi o caso da decoradora Clara Marcelli, mãe de Kayque, aluno do 5º ano do Rio Branco. "A criançada se abraça e se beija. Eles acham que é brincadeira."
A dentista Maria Alice Toledo, que levou a filha Rafaela também ao Rio Branco, se disse aliviada por poder retornar à rotina. "De que adianta aumentar as férias se os outros alunos viajam, se encontram, vão para o shopping, vão ao cinema? É impossível mantê-los em casa por muito tempo", comentou.
Fonte: http://e-educador.com
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