Ana Cássia Maturano
Clipping Educacional - Do G1, em São Paulo
Aulas poderão ser repostas aos sábados ou em dezembro.Escola pode tentar ver com as famílias a melhor solução.
Nesta semana, a maior parte dos colégios das redes pública e privada retomaram as suas atividades. Obrigados a férias prolongadas, devido à nova gripe, os estudantes andavam sentindo falta de sua rotina. E, agora, preocupam-se com uma outra questão: como será feita a reposição das aulas?
Como se sabe, por lei, o ano letivo é composto obrigatoriamente por 200 dias letivos e 800 horas de aula. Portanto, esses dias parados terão que ser repostos, o que é muito justo. Duas semanas podem parecer pouco, mas não são. Muitas coisas podem ser aprendidas nesse período.
As opções para recuperar o tempo parado são várias. Uma delas é ter aulas aos sábados, o que tem sido temido pelos alunos por terem que acordar cedo nesse dia. Outra possibilidade, que por si só não resolve todo o problema, é a de terem aula na "semana do saco cheio", quando então se emendam alguns feriados – 12 de outubro (Padroeira do Brasil) com o Dia dos Professores, em 15 de outubro.
Uma outra opção é estender as aulas pelas férias de dezembro, atrasando todo o calendário, o que pode trazer alguns transtornos para as famílias.
Muitas delas aproveitam as férias escolares de final de ano das crianças para programarem as suas próprias. Pais e filhos organizam-se para terem um tempo juntos, sem a interferência dos compromissos cotidianos.
Entre essas famílias, muitas planejam viagens. E, entre os que pensaram em viajar, têm aqueles que escolheram destinos mais distantes, que exigem tempo e custo maiores, que são pagos aos poucos e com antecedência. Sem contar aqueles que já tiveram que marcá-la, como é o caso dos pacotes turísticos.
Para esses, o complicador é maior e de ordem prática. No entanto, não adianta se desesperar, até porque muita gente está em situação parecida, o que provavelmente necessitará de compreensão de todas as partes. Inclusive das agências de viagens (o problema está em vários países).
Solução
A primeira coisa a ser feita é esclarecer crianças e adolescentes sobre a situação e que os pais irão procurar alguma solução para que a tão esperada viagem aconteça, como tentar mudar suas férias e a data da viagem.
Pode ser um momento interessante para mostrar às crianças que o surgimento de um empecilho não significa o fim dos nossos planos. Pelo contrário. Sempre há outras formas de se levar um projeto.
Pode não ser exatamente como pensamos e desejamos, mas ele pode se concretizar se pudermos ser flexíveis, além de mostrarmos para nossos filhos que há um limite para as coisas – a realidade. Podemos planejar, organizar e desejar. Isso tudo é muito importante-, mas o que pode ser feito vai depender do real.
Algo que talvez as escolas pudessem fazer, dentro da medida do possível, é ouvir as famílias que atendem para que possam dar uma solução a esse problema, indo ao encontro das necessidades da maior parte delas. Até porque, elas são autônomas para decidirem como vão fazer a reposição, o que não significa que agradarão a todos.
Quando a maioria vence
E, se caso decidirem algo bom para a maioria, mas que não seja para sua família, não é brigando com a escola ou esbravejando que as coisas se resolverão. Há horas que temos de aceitar o que a maioria prefere. E não adianta nada dizermos isso para nossos filhos e agirmos de maneira diferente diante de uma situação complicada da vida.
O momento não é fácil tanto por causa da nova gripe como pelo fato de nossos filhos ficarem estressados por estarem muito tempo em casa. E, agora, o momento se agrava pelos complicadores que envolvem a reposição das aulas. Mesmo assim, podemos crescer e amadurecer com as dificuldades da vida e ajudar nossos filhos a tirarem proveito delas. (Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)
Fonte: http://g1.globo.com
Aulas poderão ser repostas aos sábados ou em dezembro.Escola pode tentar ver com as famílias a melhor solução.
Nesta semana, a maior parte dos colégios das redes pública e privada retomaram as suas atividades. Obrigados a férias prolongadas, devido à nova gripe, os estudantes andavam sentindo falta de sua rotina. E, agora, preocupam-se com uma outra questão: como será feita a reposição das aulas?
Como se sabe, por lei, o ano letivo é composto obrigatoriamente por 200 dias letivos e 800 horas de aula. Portanto, esses dias parados terão que ser repostos, o que é muito justo. Duas semanas podem parecer pouco, mas não são. Muitas coisas podem ser aprendidas nesse período.
As opções para recuperar o tempo parado são várias. Uma delas é ter aulas aos sábados, o que tem sido temido pelos alunos por terem que acordar cedo nesse dia. Outra possibilidade, que por si só não resolve todo o problema, é a de terem aula na "semana do saco cheio", quando então se emendam alguns feriados – 12 de outubro (Padroeira do Brasil) com o Dia dos Professores, em 15 de outubro.
Uma outra opção é estender as aulas pelas férias de dezembro, atrasando todo o calendário, o que pode trazer alguns transtornos para as famílias.
Muitas delas aproveitam as férias escolares de final de ano das crianças para programarem as suas próprias. Pais e filhos organizam-se para terem um tempo juntos, sem a interferência dos compromissos cotidianos.
Entre essas famílias, muitas planejam viagens. E, entre os que pensaram em viajar, têm aqueles que escolheram destinos mais distantes, que exigem tempo e custo maiores, que são pagos aos poucos e com antecedência. Sem contar aqueles que já tiveram que marcá-la, como é o caso dos pacotes turísticos.
Para esses, o complicador é maior e de ordem prática. No entanto, não adianta se desesperar, até porque muita gente está em situação parecida, o que provavelmente necessitará de compreensão de todas as partes. Inclusive das agências de viagens (o problema está em vários países).
Solução
A primeira coisa a ser feita é esclarecer crianças e adolescentes sobre a situação e que os pais irão procurar alguma solução para que a tão esperada viagem aconteça, como tentar mudar suas férias e a data da viagem.
Pode ser um momento interessante para mostrar às crianças que o surgimento de um empecilho não significa o fim dos nossos planos. Pelo contrário. Sempre há outras formas de se levar um projeto.
Pode não ser exatamente como pensamos e desejamos, mas ele pode se concretizar se pudermos ser flexíveis, além de mostrarmos para nossos filhos que há um limite para as coisas – a realidade. Podemos planejar, organizar e desejar. Isso tudo é muito importante-, mas o que pode ser feito vai depender do real.
Algo que talvez as escolas pudessem fazer, dentro da medida do possível, é ouvir as famílias que atendem para que possam dar uma solução a esse problema, indo ao encontro das necessidades da maior parte delas. Até porque, elas são autônomas para decidirem como vão fazer a reposição, o que não significa que agradarão a todos.
Quando a maioria vence
E, se caso decidirem algo bom para a maioria, mas que não seja para sua família, não é brigando com a escola ou esbravejando que as coisas se resolverão. Há horas que temos de aceitar o que a maioria prefere. E não adianta nada dizermos isso para nossos filhos e agirmos de maneira diferente diante de uma situação complicada da vida.
O momento não é fácil tanto por causa da nova gripe como pelo fato de nossos filhos ficarem estressados por estarem muito tempo em casa. E, agora, o momento se agrava pelos complicadores que envolvem a reposição das aulas. Mesmo assim, podemos crescer e amadurecer com as dificuldades da vida e ajudar nossos filhos a tirarem proveito delas. (Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)
Fonte: http://g1.globo.com
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