Simone Iwasso
Clipping Educacional - O Estado de São Paulo (05.08.2009)
Pesquisa mostra que tempo de aula é gasto copiando textos da lousaEstudantes brasileiros passam a maior parte das aulas copiando instruções escritas na lousa pelo professor, não participam ativamente das atividades, ficam entediados em vários momentos e se distraem rabiscando no caderno ou conversando com colegas. Com isso, têm dificuldades em entender conceitos, resolver problemas e não chegam a aprender todo o conteúdo dos livros didáticos.
O cenário pouco estimulante das salas de aulas do País é retratado em pesquisa feita pelo americano Martin Carnoy, professor de economia da educação da Stanford University School of Education, nos Estados Unidos, e consultor em políticas de recursos humanos do Banco Mundial, da Unesco e da OCDE. O pesquisador filmou aulas de matemática da 3ª série das escolas brasileiras, chilenas e cubanas - traçando uma comparação entre métodos e desempenho dos alunos de cada um desses países para entender porque os cubanos têm melhores notas em avaliações internacionais.O professor Carnoy encontra-se no Brasil e, nesta quinta-feira (5), apresenta na Faculdade de Educação (FE) da USP o seminário A sala de aula que ensina, das 9 às 12 horas.O evento marca o lançamento do livro A vantagem acadêmica de Cuba, em que Martin Carnoy compara as salas de aulas no Brasil, Chile e Cuba. O autor é professor de Educação e Economia na Universidade de Stanford.Para quem se interessar, está disponível no Portal Dominínio Público a obra do prof. Carnoy".
"O professor no Brasil passa mais tempo escrevendo na lousa de costas para o aluno. Já os chilenos e principalmente os cubanos interagem com os alunos, resolvendo com eles os problemas a partir dos seus próprios erros, seguindo um currículo definido", explica Carnoy.
Ele apresentou ontem um seminário sobre sua pesquisa para especialistas, pesquisadores e gestores da educação em seminário organizado pela Fundação Lemann e pelo Insper. "Os professores precisam ser melhores treinados e supervisionados por mais tempo. Sem isso, os estudantes não aprenderão e não terão uma educação de qualidade", ressalta.
No Brasil, essa falta de controle e foco dentro de sala de aula é o resultado, segundo o pesquisador, de um sistema descentralizado, sem currículo definido, que prepara mal o professor e não acompanha o que ele faz e como faz - apesar de haver a figura do supervisor e coordenador de ensino nas redes. Ou seja, o docente tem pouco conhecimento da disciplina, não sabe transmitir o conteúdo, não sabe o que deve ser ensinado e, por fim, ninguém acompanha como ele dá suas aulas.
"A pesquisa é excelente e mostra os nossos problemas no contexto em que eles são criados, fazendo uma ponte entre os estudos econométricos e as ciências sociais, o que falta na pesquisa brasileira", afirma Maria Helena Guimarães de Castro, consultora em educação e ex-secretária da Educação do Estado de São Paulo.
Pesquisa mostra que tempo de aula é gasto copiando textos da lousaEstudantes brasileiros passam a maior parte das aulas copiando instruções escritas na lousa pelo professor, não participam ativamente das atividades, ficam entediados em vários momentos e se distraem rabiscando no caderno ou conversando com colegas. Com isso, têm dificuldades em entender conceitos, resolver problemas e não chegam a aprender todo o conteúdo dos livros didáticos.
O cenário pouco estimulante das salas de aulas do País é retratado em pesquisa feita pelo americano Martin Carnoy, professor de economia da educação da Stanford University School of Education, nos Estados Unidos, e consultor em políticas de recursos humanos do Banco Mundial, da Unesco e da OCDE. O pesquisador filmou aulas de matemática da 3ª série das escolas brasileiras, chilenas e cubanas - traçando uma comparação entre métodos e desempenho dos alunos de cada um desses países para entender porque os cubanos têm melhores notas em avaliações internacionais.O professor Carnoy encontra-se no Brasil e, nesta quinta-feira (5), apresenta na Faculdade de Educação (FE) da USP o seminário A sala de aula que ensina, das 9 às 12 horas.O evento marca o lançamento do livro A vantagem acadêmica de Cuba, em que Martin Carnoy compara as salas de aulas no Brasil, Chile e Cuba. O autor é professor de Educação e Economia na Universidade de Stanford.Para quem se interessar, está disponível no Portal Dominínio Público a obra do prof. Carnoy".
"O professor no Brasil passa mais tempo escrevendo na lousa de costas para o aluno. Já os chilenos e principalmente os cubanos interagem com os alunos, resolvendo com eles os problemas a partir dos seus próprios erros, seguindo um currículo definido", explica Carnoy.
Ele apresentou ontem um seminário sobre sua pesquisa para especialistas, pesquisadores e gestores da educação em seminário organizado pela Fundação Lemann e pelo Insper. "Os professores precisam ser melhores treinados e supervisionados por mais tempo. Sem isso, os estudantes não aprenderão e não terão uma educação de qualidade", ressalta.
No Brasil, essa falta de controle e foco dentro de sala de aula é o resultado, segundo o pesquisador, de um sistema descentralizado, sem currículo definido, que prepara mal o professor e não acompanha o que ele faz e como faz - apesar de haver a figura do supervisor e coordenador de ensino nas redes. Ou seja, o docente tem pouco conhecimento da disciplina, não sabe transmitir o conteúdo, não sabe o que deve ser ensinado e, por fim, ninguém acompanha como ele dá suas aulas.
"A pesquisa é excelente e mostra os nossos problemas no contexto em que eles são criados, fazendo uma ponte entre os estudos econométricos e as ciências sociais, o que falta na pesquisa brasileira", afirma Maria Helena Guimarães de Castro, consultora em educação e ex-secretária da Educação do Estado de São Paulo.
Fonte: http://e-educador.com/
Sou Coordenadora Pedagógica e sempre me questionei em relação a eficácia das aplicações de conteúdos em sala de aula. Ao ler este artigo passava um filme em minha cabeça das situações observadas em sala de aula nestes anos q atuo nesta área. ´Concordo quando Carnoy destaca o fato de que os professores precisa ser treinados. E neste ponto as faculdades, universidades tem deixado a desejar. Sinto que seria interessante a criação de projetos voltados para a formação voltada para a prática docente. Defendo isto no meu blog(http://essenciadapedagogia.blogspot.com) cujo objetivo é despertar nos educadores o gosto e a consciência da buscaincessante pela Formação Continuada.
ResponderExcluiré bem bacana mas eu acho que vcs deveriam dar a opinião de vcs tipo:qual o principal assunto do texto ou coisas que vcs podiam fazer pra interagir com os alunos
ResponderExcluirvcs tbm deveriam fazer enquetes que ajudassem o desempenho do seu aluno ou fazer com que os seus alunos acessacem a internet fazendo com que eles podessem lhe ajudar a fazer a aula um lugar mais criativo
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