ANA SOUSAPABLO SOLANO
Clipping Educacional - colaboração para a Folha
O uniforme de Gabriel, 12, já está preparado para a volta às aulas na próxima segunda-feira. Se depender da mãe dele, a assistente Silvana Vieira, 38, o garoto deve retomar a rotina no Colégio Jardim São Paulo, apesar do fantasma da gripe A (H1N1). "Fico preocupada, mas não dá para deixar a criança isolada em casa", diz.
A dona de casa Tânia Vilela, 50, compartilha a mesma opinião. Apesar de se preocupar com a epidemia, ela não vai impedir que o filho Lucas, 15, retome a rotina escolar no Hexag.
A caçula Letícia, 10, voltou aos livros nesta semana no colégio Edir Monteiro. "A escola dela deu instruções de como se prevenir contra a gripe. Ensinaram às crianças sobre a importância de limpar as mãos com álcool gel, de não compartilhar copos e toalhas. E avisaram aos pais que, se a criança estiver espirrando, não deve ir ao colégio", afirma.
Segundo o infectologista Pedro Tauil, especialista em saúde coletiva, impedir que as crianças voltem à escola não é garantia de proteção contra o vírus. "O adiamento das aulas diminui o risco de contaminação, mas não o elimina. Se não for no colégio, o contato pode acontecer nos transportes, no shopping, na visita de um parente. É preciso tomar cuidado, mas não adianta viver numa redoma", afirma o especialista.
Juvêncio Furtado, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, acredita que a epidemia deve diminuir nas próximas semanas, mas, mesmo assim, as escolas precisam estar preparadas para o retorno dos alunos. "As escolas devem estar preparadas para disponibilizar pias, sabão, álcool para a higienização das mãos dos alunos. Os professores também têm de estar preparados para reconhecer qualquer sinal de doença respiratória", afirma.
Beijo
O Colégio Bandeirantes, zona sul de São Paulo, decidiu orientar os alunos sobre o risco de transmissão do vírus A (H1N1) durante o beijo. O assunto é tratado no artigo "É proibido beijar... gripado", publicado no site da escola.
O tema foi definido pela sexóloga Maria Helena Vilela, que escreve mensalmente um texto para os alunos da escola, mas a coordenadora de educação sexual do Bandeirantes, Maria Estela Zanini, diz que a escolha caiu como uma luva para os pais preocupados com os efeitos das férias esticadas.
Eles temiam que os filhos ficassem mais expostos ao vírus por causa do tempo livre. Nos dias de folga, os jovens poderiam ir a shoppings e baladas, locais fechados onde poderiam encontrar mais gente e, também, beijar mais.
"Não é para criar pânico. Eles precisam saber os riscos que vivem", diz Vilela. Para ela, os adolescentes devem dispor de informações para poderem assumir os riscos quando se relacionam. Como prevenção, o Bandeirantes instalou dispensadores de copo descartável próximos aos bebedouros.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/
O uniforme de Gabriel, 12, já está preparado para a volta às aulas na próxima segunda-feira. Se depender da mãe dele, a assistente Silvana Vieira, 38, o garoto deve retomar a rotina no Colégio Jardim São Paulo, apesar do fantasma da gripe A (H1N1). "Fico preocupada, mas não dá para deixar a criança isolada em casa", diz.
A dona de casa Tânia Vilela, 50, compartilha a mesma opinião. Apesar de se preocupar com a epidemia, ela não vai impedir que o filho Lucas, 15, retome a rotina escolar no Hexag.
A caçula Letícia, 10, voltou aos livros nesta semana no colégio Edir Monteiro. "A escola dela deu instruções de como se prevenir contra a gripe. Ensinaram às crianças sobre a importância de limpar as mãos com álcool gel, de não compartilhar copos e toalhas. E avisaram aos pais que, se a criança estiver espirrando, não deve ir ao colégio", afirma.
Segundo o infectologista Pedro Tauil, especialista em saúde coletiva, impedir que as crianças voltem à escola não é garantia de proteção contra o vírus. "O adiamento das aulas diminui o risco de contaminação, mas não o elimina. Se não for no colégio, o contato pode acontecer nos transportes, no shopping, na visita de um parente. É preciso tomar cuidado, mas não adianta viver numa redoma", afirma o especialista.
Juvêncio Furtado, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, acredita que a epidemia deve diminuir nas próximas semanas, mas, mesmo assim, as escolas precisam estar preparadas para o retorno dos alunos. "As escolas devem estar preparadas para disponibilizar pias, sabão, álcool para a higienização das mãos dos alunos. Os professores também têm de estar preparados para reconhecer qualquer sinal de doença respiratória", afirma.
Beijo
O Colégio Bandeirantes, zona sul de São Paulo, decidiu orientar os alunos sobre o risco de transmissão do vírus A (H1N1) durante o beijo. O assunto é tratado no artigo "É proibido beijar... gripado", publicado no site da escola.
O tema foi definido pela sexóloga Maria Helena Vilela, que escreve mensalmente um texto para os alunos da escola, mas a coordenadora de educação sexual do Bandeirantes, Maria Estela Zanini, diz que a escolha caiu como uma luva para os pais preocupados com os efeitos das férias esticadas.
Eles temiam que os filhos ficassem mais expostos ao vírus por causa do tempo livre. Nos dias de folga, os jovens poderiam ir a shoppings e baladas, locais fechados onde poderiam encontrar mais gente e, também, beijar mais.
"Não é para criar pânico. Eles precisam saber os riscos que vivem", diz Vilela. Para ela, os adolescentes devem dispor de informações para poderem assumir os riscos quando se relacionam. Como prevenção, o Bandeirantes instalou dispensadores de copo descartável próximos aos bebedouros.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/
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