sexta-feira, 17 de julho de 2009

Professores da rede estadual de ensino serão capacitados a partir de agosto

Claudeci Martins
Clipping Educacional - Da Agência Imprensa Oficial
Escola de Formação de Professores será item obrigatório para que os ingressantes melhorem o nível do ensino público
Por que São Paulo precisa de Escola de Formação de Professores? A principal razão é que a melhoria do ensino público passa pela necessidade de aprimorar a qualificação da formação universitária e o desempenho profissional dos professores, responde a diretora da recém-criada Escola, a economista Vera Lúcia Cabral Costa. A maior deficiência está na prática pedagógica, aponta.
“Falta vivência em sala de aula”. Os cursos, que ajudarão o professor a se preparar para desempenhar mais eficazmente sua tarefa de ensinar os alunos, começam em agosto. Serão oferecidos aos 230 mil educadores que lecionam para 5,3 milhões de alunos.
O curso de formação, com duração de quatro meses, será obrigatório para os novos docentes. Será exigida a aprovação nesse curso para os próximos 10 mil ingressantes, além do concurso público. As aulas enfatizarão práticas didáticas e conhecimento da rede estadual de ensino. “Queremos que o professor conheça a realidade social dos nossos alunos, tenha capacidade de lidar com isso e saiba como atuar em sala de aula”, explica Vera Lúcia. Criado pela Secretaria Estadual da Educação, o novo programa é pioneiro.
A diretora diz que a iniciativa surgiu a partir do diagnóstico que a “aprendizagem dos alunos é crítica” e da necessidade de “dar um salto na qualidade de ensino”.
Deve ser entendida, acrescenta, como aprimoramento, complemento e atualização da formação universitária do magistério.
Já quem não tem diploma pode se formar pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Mas garante que a falta de formação em nível superior é um “problema menor na rede estadual”.
Currículo, material – Vera Lúcia destaca: os professores terão formação contínua para garantir a melhoria do ensino. Serão cursos de especialização e extensão e até estão previstas certificação e titulação. Ela ressalta, ainda, que a formação continuada na nova Escola veio para valorizar o professor e melhorar suas condições de trabalho. “Teremos professor mais qualificado, motivado, com mais recursos e condições efetivas para exercer sua função”. Além de adquirir habilidades e competências específicas necessárias para atuar na rede estadual paulista, o professor adotará o currículo e o material didático (caderno do professor, caderno do aluno) e a avaliação, desenvolvidos pela pasta.
“O conteúdo pedagógico é essencial à prática de ensino, cada série tem o seu.
Nesse material está definido o que o aluno deve aprender por disciplina, além de dicas de como ensinar os conteúdos”. A avaliação é um “instrumento de verificação do que o aluno aprendeu e serve para identificar onde pode avançar”, afirma a diretora. Outra capacitação será na atualização de conhecimentos e de acesso e uso de tecnologias da informação. A incorporação tecnológica será ferramenta de trabalho do professor, salienta.
Será útil, também, para assistir às aulas já que boa parte delas será virtual, via Rede do Saber. As aulas presenciais ocorrerão na sede da escola (Rua João Ramalho, Perdizes, capital) e nas 91 Diretorias de Ensino.
Professor e aluno – Vera Lúcia acrescenta que as tecnologias irão ajudar o professor a “passar o conhecimento de forma inovadora e com metodologia moderna e participativa”. Servirão, ainda, para que atue de maneira mais próxima do aluno. O educador precisa chegar perto do mundo desses jovens e criar novas formas de comunicação. A capacidade de conviver com os alunos mais de perto e com desenvoltura “é necessária para entender suas necessidades e dificuldades”, resume.
Fonte: http://www.imprensaoficial.com.br/

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