Fábio Takahashi / Angela PInho
Colaboraram Flávia Martin e José Orenstein
Colaboraram Flávia Martin e José Orenstein
Para educadores, a piora é reflexo de problemas no currículo, que, segundo eles, não desperta o interesse dos jovens pela escola
Clipping Educacional - Folha de São Paulo (10.06.2009)
A proporção de alunos do ensino médio (antigo colegial) que repete de ano no país chegou a 12,7% em 2007, o dobro do que em 1998, apontam dados do Ministério da Educação. Educadores afirmam que a piora é reflexo de problemas no currículo, centrado em conhecimentos específicos das matérias (diversas fórmulas em química ou física, por exemplo, sem que o aluno entenda a importância e a aplicação delas).
Os alunos, dizem os pesquisadores, não têm motivação para a escola, que não prepara para o mercado de trabalho nem para a universidade -principalmente na rede pública. A taxa de reprovação de 2007 foi divulgada ontem, em um relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). O dado foi fornecido ao órgão pelo governo Lula. O relatório aponta avanços na educação, principalmente em número de matrículas, mas cita dificuldades na qualidade de ensino e no atendimento de parcelas específicas da população -leia nesta página.
A repetência também aumentou no ensino fundamental, mas de forma menos acentuada (de 9,7% para 12,1% no mesmo período) que no médio. A reprovação é considerada um dos principais problemas do ensino, pois o aluno que reprova tem mais chances de desistir da escola. Além disso, sobrecarrega o sistema, pois aumenta o número de alunos.
A elevação da taxa de repetência no ensino médio é constante desde 1998 (da segunda gestão FHC ao governo Lula). O MEC afirma que, para melhorar o ensino médio, busca diversificar a etapa, com ampliação da oferta de ensino profissionalizante e a possibilidade de mudanças no currículo -proposta analisada pelo Conselho Nacional de Educação. "Outra frente é a formação de professores. Vamos abrir 300 mil vagas nas universidades", afirmou o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro.
"Sem rosto"
Para Candido Gomes, professor da Universidade Católica de Brasília e autor de pesquisas sobre fracasso escolar, o ensino médio está "sem rosto": para o aluno que tem condições de entrar na universidade, prepara apenas para o vestibular. Para os demais, não tem significado. A pesquisadora Dagmar Zibas, da Fundação Carlos Chagas, cita as faltas dos estudantes e o currículo pouco atraente.
"A principal causa de reprovação têm sido as faltas. E por que eles faltam? No período noturno, pode ser a dificuldade de conciliar trabalho e escola", afirma. "Mas o principal é que o currículo se distancia do interesse do jovem. O conteúdo não faz sentido para ele." A representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, aponta que, por conta da reprovação no ensino fundamental, o aluno já chega com dificuldades, fora da idade ideal para a etapa (15 a 17 anos).
A estudante Danielle Stefani, 15, que está no segundo ano do ensino médio, tem outra reclamação: segundo ela, os professores faltam muito.
Os alunos, dizem os pesquisadores, não têm motivação para a escola, que não prepara para o mercado de trabalho nem para a universidade -principalmente na rede pública. A taxa de reprovação de 2007 foi divulgada ontem, em um relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). O dado foi fornecido ao órgão pelo governo Lula. O relatório aponta avanços na educação, principalmente em número de matrículas, mas cita dificuldades na qualidade de ensino e no atendimento de parcelas específicas da população -leia nesta página.
A repetência também aumentou no ensino fundamental, mas de forma menos acentuada (de 9,7% para 12,1% no mesmo período) que no médio. A reprovação é considerada um dos principais problemas do ensino, pois o aluno que reprova tem mais chances de desistir da escola. Além disso, sobrecarrega o sistema, pois aumenta o número de alunos.
A elevação da taxa de repetência no ensino médio é constante desde 1998 (da segunda gestão FHC ao governo Lula). O MEC afirma que, para melhorar o ensino médio, busca diversificar a etapa, com ampliação da oferta de ensino profissionalizante e a possibilidade de mudanças no currículo -proposta analisada pelo Conselho Nacional de Educação. "Outra frente é a formação de professores. Vamos abrir 300 mil vagas nas universidades", afirmou o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro.
"Sem rosto"
Para Candido Gomes, professor da Universidade Católica de Brasília e autor de pesquisas sobre fracasso escolar, o ensino médio está "sem rosto": para o aluno que tem condições de entrar na universidade, prepara apenas para o vestibular. Para os demais, não tem significado. A pesquisadora Dagmar Zibas, da Fundação Carlos Chagas, cita as faltas dos estudantes e o currículo pouco atraente.
"A principal causa de reprovação têm sido as faltas. E por que eles faltam? No período noturno, pode ser a dificuldade de conciliar trabalho e escola", afirma. "Mas o principal é que o currículo se distancia do interesse do jovem. O conteúdo não faz sentido para ele." A representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, aponta que, por conta da reprovação no ensino fundamental, o aluno já chega com dificuldades, fora da idade ideal para a etapa (15 a 17 anos).
A estudante Danielle Stefani, 15, que está no segundo ano do ensino médio, tem outra reclamação: segundo ela, os professores faltam muito.
fonte:http://e-educador.com/
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