Karina Lignelli
Com novos concursos, 80 mil temporários poderiam ser absorvidos
Clipping Educacional - Apeoesp (10.05.2009)
O deputado Roberto Felício (PT-SP), que representa o funcionalismo na Assembleia Legislativa, estuda apresentar emenda ao PLC 20/2009 do governador Serra, enviado ontem à Casa, para ampliar o número de vagas previstas em concurso para este ano na rede pública de ensino. Na prática, essa seria uma solução para absorver os 80 mil ACTs (admitidos em caráter temporário) do estado.
Segundo o deputado, se há a medida que planeja criar mais duas jornadas para os professores, o lote de aulas que está disponível hoje na rede permite criar bem mais do que as 50 mil vagas previstas. “A solução para o temporário está exatamente no concurso. Com a ampliação das vagas, o problema seria residual. Temporários só seriam chamados para eventuais substituições”, explica.
Para ele, mesmo assim a proposta de criar a jornada de doze horas, por exemplo, deve ser analisada com cuidado. “Hoje, um PEB I ganha cerca de R$ 1 mil em jornadas de 20 horas. Se cair para 12, pode ganhar R$ 500. Me parece um ‘subemprego’ para professores”, afirma.
Outra possível emenda trata da obrigatoriedade do curso de quatro meses, para os professores recém aprovados em concurso. Nesse período, os “alunos” receberiam 75% do salário. O deputado, que considera o projeto “irrisório e equivocado”, pretende propor um programa de formação continuada ao longo da carreira. “O processo é contínuo”, alega, lembrando que projetos e emendas ainda devem ser discutidos com as entidades.
Para o líder do governo na Assembléia, deputado Vaz de Lima (PSDB-SP), os projetos “atendem aos interesses da sociedade”. “Caso entrem no regime de urgência, são 45 dias para entrar na pauta de votação. A expectativa é votar com a maior agilidade possível.” Felício acredita que o governo vai entrar com urgência na tramitação dos projetos na próxima semana.
Hoje, a Apeoesp (sindicato dos professores) decide se vai contestar na Justiça os projetos do governador Serra. Além da criação de duas novas jornadas e da abertura das 50 mil vagas em concurso, há o projeto que prevê avaliação anual dos temporários — e rebaixamento de funções — para reprovados. “O problema é redução salarial e desvio de função”, disse a presidente Maria Izabel de Azevedo Noronha.
No último dia 24, os professores protestaram em frente à Secretaria da Educação para cobrar a abertura das negociações sobre a campanha salarial deste ano. Nesta terça, a Apeoesp finalmente se reúne com o secretário da pasta, Paulo Renato, para apresentar as reivindicações. Em paralelo, realiza ato em frente à secretaria.
Fonte: http://e-educador.com
O deputado Roberto Felício (PT-SP), que representa o funcionalismo na Assembleia Legislativa, estuda apresentar emenda ao PLC 20/2009 do governador Serra, enviado ontem à Casa, para ampliar o número de vagas previstas em concurso para este ano na rede pública de ensino. Na prática, essa seria uma solução para absorver os 80 mil ACTs (admitidos em caráter temporário) do estado.
Segundo o deputado, se há a medida que planeja criar mais duas jornadas para os professores, o lote de aulas que está disponível hoje na rede permite criar bem mais do que as 50 mil vagas previstas. “A solução para o temporário está exatamente no concurso. Com a ampliação das vagas, o problema seria residual. Temporários só seriam chamados para eventuais substituições”, explica.
Para ele, mesmo assim a proposta de criar a jornada de doze horas, por exemplo, deve ser analisada com cuidado. “Hoje, um PEB I ganha cerca de R$ 1 mil em jornadas de 20 horas. Se cair para 12, pode ganhar R$ 500. Me parece um ‘subemprego’ para professores”, afirma.
Outra possível emenda trata da obrigatoriedade do curso de quatro meses, para os professores recém aprovados em concurso. Nesse período, os “alunos” receberiam 75% do salário. O deputado, que considera o projeto “irrisório e equivocado”, pretende propor um programa de formação continuada ao longo da carreira. “O processo é contínuo”, alega, lembrando que projetos e emendas ainda devem ser discutidos com as entidades.
Para o líder do governo na Assembléia, deputado Vaz de Lima (PSDB-SP), os projetos “atendem aos interesses da sociedade”. “Caso entrem no regime de urgência, são 45 dias para entrar na pauta de votação. A expectativa é votar com a maior agilidade possível.” Felício acredita que o governo vai entrar com urgência na tramitação dos projetos na próxima semana.
Hoje, a Apeoesp (sindicato dos professores) decide se vai contestar na Justiça os projetos do governador Serra. Além da criação de duas novas jornadas e da abertura das 50 mil vagas em concurso, há o projeto que prevê avaliação anual dos temporários — e rebaixamento de funções — para reprovados. “O problema é redução salarial e desvio de função”, disse a presidente Maria Izabel de Azevedo Noronha.
No último dia 24, os professores protestaram em frente à Secretaria da Educação para cobrar a abertura das negociações sobre a campanha salarial deste ano. Nesta terça, a Apeoesp finalmente se reúne com o secretário da pasta, Paulo Renato, para apresentar as reivindicações. Em paralelo, realiza ato em frente à secretaria.
Fonte: http://e-educador.com
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