sexta-feira, 15 de maio de 2009

Inscrição para Enem está prevista para começar em 15 de junho, diz Inep

Clipping Educacional - Do G1, em São Paulo
O prazo deve se estender até 17 de julho, informa órgão vinculado a MEC.Segundo Inep, testes terão pesos diferentes conforme nível de dificuldade.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, vinculado ao Ministério da Educação (MEC), divulgou nesta quinta-feira (14) que as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio 2009 (Enem) estão previstas para começar em 15 de junho. O prazo deve se estender até 17 de julho. De acordo com o Inep, o modo de inscrição ainda não está definido.
A taxa é de R$ 35. Alunos de escolas públicas e de baixa renda são isentos do pagamento. As provas, compostas por 200 testes e uma redação, devem ocorrer nos dias 3 e 4 de outubro. A divulgação dos resultados das quatro provas de múltipla escolha ocorrerá em 4 de dezembro, e o resultado final será conhecido em 8 de janeiro.
Testes x pesos
Em seu site, o Inep ainda esclareceu que as questões de múltipla escolha terão pesos diferentes conforme o nível de dificuldade dos testes. Isso será possível, segundo o Inep, com a aplicação da metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI), que garante a comparação das notas de diferentes edições a partir da calibração do grau de dificuldade das questões.
Diferente dos anos anteriores, explica do Inep, as questões do Enem serão distribuídas em graus diferenciados de complexidade. "Isso significa que, no cálculo final da nota em cada área, as questões mais difíceis valem mais que as questões menos complexas", diz o Inep em seu site.
Para classificar os candidatos conforme os cursos pleiteados, as instituições de ensino superior que adotarem o Enem como processo seletivo poderão utilizar pesos diferentes entre as quatro áreas do conhecimento.
A proposta inicial é que o Enem seja oferecido duas vezes ao ano. Além das provas de outubro, uma nova edição deve ser aplicada em março ou abril de 2010. As provas objetivas de cada uma das quatro áreas do conhecimento devem durar até 2h30 e a redação, 1h30.
De acordo com o Inep, não haverá questões regionais na prova do Enem.
O chamado Comitê de Governança do novo Enem, composto pelo Inep, MEC, reitores das federais e pelo Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed), definiu o prazo de três anos para a consolidação do processo de seleção unificada.
Matrizes
O MEC também divulgou nesta quinta-feira as matrizes de habilidades que serão cobradas no novo Enem. Essas matrizes definem as competências do candidato que se espera que a prova avalie. Com base nessas matrizes, o conteúdo mais específico da prova é definido.

Confira aqui a matriz de referência para o Enem 2009 (o arquivo está em .pdf)

A matriz está dividida nas quatro áreas de conhecimento que farão parte do exame: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. O conteúdo será o que é ensinado no ensino médio, com a diferença que será cobrada mais a capacidade de raciocinar do que a "decoreba".
O documento define os cinco eixos cognitivos que serão comuns a todas as áreas do conhecimento. O primeiro é o domínio de linguagens (norma culta da língua portuguesa, além de linguagem matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa).
Enem na rede pública
Na manhã desta quinta, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o Enem deverá ser universalizado a partir de 2010. Segundo a proposta do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), todos os estudantes da rede pública serão obrigados a fazer a nova prova, que pode servir também para certificar o curso. Ao aceitar a proposta, o ministro pediu um estudo de logística para garantir o acesso dos estudantes aos locais de prova em todo o território nacional. Segundo Haddad, o novo Enem não poderá ser aplicado durante o período de aula. "Mais do que a aferição do conhecimento do aluno, a prova pode representar o acesso dele à universidade, o que exige cuidados maiores com a segurança", afirmou. De acordo com o Consed, o novo formato da prova permitirá a reestruturação do ensino médio. Com isso, o currículo dessa etapa do ensino passará a orientar os processos seletivos do ensino superior e não o contrário, como ocorre hoje.

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