Adriana Ferraz e Folha de S. Paulo
Clipping Educacional - do Agora
A partir de 2010, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) será oferecido duas vezes ao ano. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, que quer transformar a prova em uma espécie de boletim para ser apresentado para universidades que aceitem o exame como vestibular. A duas datas também servem para atender instituições de ensino que abrem processo seletivo a cada seis meses.
O sistema é comum no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, os estudantes do "high school" (modelo equivalente ao nosso antigo colegial) podem fazer o teste até sete vezes no ano e escolher o melhor resultado como "vitrine". Apesar da fórmula ser semelhante, a implementação aqui pode não seguir as mesmas regras. No Brasil, cada Enem será feito em dois dias e a duração prevista é de 12 horas para cada exame.
As mudanças têm objetivo claro: fazer com que as universidades, pelo menos as federais, adotem o Enem como vestibular. O governo entende que o modelo atual prejudica os estudantes com menor renda, que precisam se deslocar para diversas cidades.
Até agora, 21 das 55 federais anunciaram que vão aderir ao exame como vestibular. No Estado de São Paulo, são três federais. Destas, só a UFABC (Universidade Federal do ABC), com campus em Santo André (ABC), adotou o modelo. A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) usará o exame apenas na primeira fase de seu vestibular e a Universidade Federal de São Carlos, em São Carlos (232 km de SP), ainda não se posicionou.
Durante entrevista, o ministro Haddad também anunciou que já tem a nova matriz de habilidades que serão incluídas no novo Enem. Trata-se de uma espécie de guia, que será usada na elaboração das questões.
As universidades públicas e particulares já contam com matrizes específicas e as divulgam aos alunos em seus respectivos manuais de vestibular. Elas servem para orientar o estudo, com "dicas" do que pode cair na prova. Em linhas gerais, contemplam todo o currículo escolar.
DecorebaAs mudanças devem, segundo o governo, fazer a procura pelo exame aumentar. A expectativa é que o número de inscrições chegue a 5 milhões de estudantes. Haddad também informou que o novo Enem inicia um processo de reforma curricular do ensino médio que privilegia a capacidade de raciocínio e não mais o chamado "decoreba".
"Se um aluno compreende um fenômeno da natureza, sabe do que se trata, mas se esqueceu a fórmula, ele vai conseguir por outros meios chegar à resposta. A ênfase deixa de ser a memorização para a capacidade de compreensão", explicou.
A partir de 2010, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) será oferecido duas vezes ao ano. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, que quer transformar a prova em uma espécie de boletim para ser apresentado para universidades que aceitem o exame como vestibular. A duas datas também servem para atender instituições de ensino que abrem processo seletivo a cada seis meses.
O sistema é comum no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, os estudantes do "high school" (modelo equivalente ao nosso antigo colegial) podem fazer o teste até sete vezes no ano e escolher o melhor resultado como "vitrine". Apesar da fórmula ser semelhante, a implementação aqui pode não seguir as mesmas regras. No Brasil, cada Enem será feito em dois dias e a duração prevista é de 12 horas para cada exame.
As mudanças têm objetivo claro: fazer com que as universidades, pelo menos as federais, adotem o Enem como vestibular. O governo entende que o modelo atual prejudica os estudantes com menor renda, que precisam se deslocar para diversas cidades.
Até agora, 21 das 55 federais anunciaram que vão aderir ao exame como vestibular. No Estado de São Paulo, são três federais. Destas, só a UFABC (Universidade Federal do ABC), com campus em Santo André (ABC), adotou o modelo. A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) usará o exame apenas na primeira fase de seu vestibular e a Universidade Federal de São Carlos, em São Carlos (232 km de SP), ainda não se posicionou.
Durante entrevista, o ministro Haddad também anunciou que já tem a nova matriz de habilidades que serão incluídas no novo Enem. Trata-se de uma espécie de guia, que será usada na elaboração das questões.
As universidades públicas e particulares já contam com matrizes específicas e as divulgam aos alunos em seus respectivos manuais de vestibular. Elas servem para orientar o estudo, com "dicas" do que pode cair na prova. Em linhas gerais, contemplam todo o currículo escolar.
DecorebaAs mudanças devem, segundo o governo, fazer a procura pelo exame aumentar. A expectativa é que o número de inscrições chegue a 5 milhões de estudantes. Haddad também informou que o novo Enem inicia um processo de reforma curricular do ensino médio que privilegia a capacidade de raciocínio e não mais o chamado "decoreba".
"Se um aluno compreende um fenômeno da natureza, sabe do que se trata, mas se esqueceu a fórmula, ele vai conseguir por outros meios chegar à resposta. A ênfase deixa de ser a memorização para a capacidade de compreensão", explicou.
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