Professores alertam ao site Observatório da Educação que o exame avalia o aluno e, portanto, é um grave erro a divulgação de ranking das escolas.
Clipping Educacional - CGC Educação
Dois professores universitários entrevistados pelo site Observatório da Educação fizeram duras críticas sobre a forma de divulgação dos resultados do Enem, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no final de abril.
Na opinião da professora assistente da Universidade Estadual de Campinas, Nora Rut Krawczyk, o exame não é um instrumento de avaliação de instituições de ensino e, portanto, é um grave erro a divulgação de ranking das escolas. “O Enem não avalia a escola, mas determinado conhecimento das pessoas que fazem a prova", diz ela.
Para o professor Ocimar Munhoz Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, a prova não foi criada para comparar as escolas e sim para certificar o aluno. "O problema central é que a prova não foi criada para hierarquizar as escolas, mas para certificar o aluno", critica. Ele ressalta que o melhor instrumento para avaliar o ensino médio é o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Nora Rut Krawczyk destaca que para saber se uma escola é boa é fundamental avaliar o ponto de partida e o de chegada do aluno. “É possível que uma escola chegue a um nível de aprendizagem dos alunos muito menor que outra, mas ter avançado muito mais. Acaba sendo punida por ensinar a uma população que tem a escola como espaço privilegiado de aprendizagem, às vezes único”, disse ela ao Observatório da Educação.
Ocimar Munhoz Alavarse também condena a comparação entre as escolas públicas e privadas. "Aparecem esses absurdos que a escola privada é melhor que a pública. É obvio, há nas escolas privadas 10% dos alunos brasileiros. Comparam resultado de pequena camada com imensa maioria dos alunos e descobrem que a pequena camada tem desempenho superior. O que se quer com isso? Desmoralizar as escolas públicas?", questiona.
O professor diz que este tipo de divulgação não ajuda a escola pública, apenas a denuncia. “Já temos o Saeb, já é o sistema de avaliação que permite monitorar o ensino médio, que políticas sejam traçadas a partir dessa avaliação. Isso em geral não é feito, os gestores ignoram, mas é o instrumento que o Brasil dispõe”, afirmou.
Fonte: http://e-educador.com
Dois professores universitários entrevistados pelo site Observatório da Educação fizeram duras críticas sobre a forma de divulgação dos resultados do Enem, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no final de abril.
Na opinião da professora assistente da Universidade Estadual de Campinas, Nora Rut Krawczyk, o exame não é um instrumento de avaliação de instituições de ensino e, portanto, é um grave erro a divulgação de ranking das escolas. “O Enem não avalia a escola, mas determinado conhecimento das pessoas que fazem a prova", diz ela.
Para o professor Ocimar Munhoz Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, a prova não foi criada para comparar as escolas e sim para certificar o aluno. "O problema central é que a prova não foi criada para hierarquizar as escolas, mas para certificar o aluno", critica. Ele ressalta que o melhor instrumento para avaliar o ensino médio é o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Nora Rut Krawczyk destaca que para saber se uma escola é boa é fundamental avaliar o ponto de partida e o de chegada do aluno. “É possível que uma escola chegue a um nível de aprendizagem dos alunos muito menor que outra, mas ter avançado muito mais. Acaba sendo punida por ensinar a uma população que tem a escola como espaço privilegiado de aprendizagem, às vezes único”, disse ela ao Observatório da Educação.
Ocimar Munhoz Alavarse também condena a comparação entre as escolas públicas e privadas. "Aparecem esses absurdos que a escola privada é melhor que a pública. É obvio, há nas escolas privadas 10% dos alunos brasileiros. Comparam resultado de pequena camada com imensa maioria dos alunos e descobrem que a pequena camada tem desempenho superior. O que se quer com isso? Desmoralizar as escolas públicas?", questiona.
O professor diz que este tipo de divulgação não ajuda a escola pública, apenas a denuncia. “Já temos o Saeb, já é o sistema de avaliação que permite monitorar o ensino médio, que políticas sejam traçadas a partir dessa avaliação. Isso em geral não é feito, os gestores ignoram, mas é o instrumento que o Brasil dispõe”, afirmou.
Fonte: http://e-educador.com
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