segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Estudantes extravasam ódio a professores na internet

Fernanda Barbosa
Clipping Educacional - Agora, 23/09
"Você já teve vontade de jogar uma bomba no carro do seu professor?", pergunta enquete de comunidade da rede social Orkut. "Joguei um rojão uma vez daí tive que sair correndo", responde um usuário. As agressões contra professores extrapolaram a sala de aula e chegaram ao mundo virtual.
Ao digitar "eu odeio meu professor" no Orkut, aparecem 288 comunidades relacionadas, que relatam ódio a docentes de várias disciplinas. Marcus (nome fictício), 14 anos, incluiu algumas delas em sua página da rede social. "É só um desabafo", conta.
Aluno de uma escola particular de Santana (zona norte), ele diz que o Facebook é mais perigoso. "Fui chamado na diretoria por ter criticado uma professora. O psicólogo Timoteo Madaleno Vieira, especialista em bem-estar psicológico de estudantes, diz que a agressão na internet é banalizada, pois quem a escreve não reflete sobre ela. 
"Uma comunidade agressiva pode motivar outros alunos, antes somente descontentes, também a agredir", diz.

300 professores são agredidos
No primeiro semestre deste ano, mais de 300 casos de agressão foram registrados no Observatório da Violência da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado). De acordo com a presidente da entidade, Maria Izabel noronha, o número é entre 30 e 40% maior que o registrado no semestre anterior. 
Pesquisa da etidade publicada em 2007 já indicava que 80% dos professores já haviam sofrido algum tipo de violência verbal ou física em sala de aula. A mesma porcentagem havia visto alunos com algum tipo de arma dentro da escola.

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