quinta-feira, 8 de julho de 2010

Especialistas apontam soluções para melhorar ensino na rede estadual

Letícia Vieira
Clipping Educacional – Extra online
A aprovação automática nas escolas municipais do Rio foi considerada pela Secretaria estadual de Educação uma das vilãs para o baixo desempenho das escolas do estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), no ensino médio. Para os especialistas em educação, no entanto, os culpados são outros. O número reduzido de vagas diurnas e o modelo das aulas são uma das razões para que a rede estadual não tenha ido bem na avaliação do Ministério da Educação (MEC).
Do 6° ao 9° ano, a nota passou de 2,9 em 2007, para 3,1 em 2009 — dentro da meta. No ensino médio, foi mantida a pontuação de 2,8. O índice ficou 0,1 abaixo da média esperada. Na lista das cem escolas públicas do estado com a pontuação mais baixa até o 9° ano, 83 são colégios estaduais.
Para o professor Zacarias Gama, da Faculdade de Educação da Uerj, os alunos deveriam permanecer mais tempo em sala de aula. — Precisamos de políticas que estabeleçam a escola única de tempo integral. Nossos alunos também precisam desenvolver suas capacidades de trabalho intelectual, técnico e industrial. E a situação do professorado precisa ser melhorada — sugere.
Nota baixa na capital
A situação da rede estadual é ainda mais preocupante na capital. Das cem piores escolas pública do estado, 36 são escolas estaduais localizadas na cidade do Rio. A maior parte delas (23) só tem vagas noturnas, pois compartilha o prédio com a rede municipal. — Estudos mostram que os alunos do ensino noturno têm o pior desempenho. Uma das soluções seria aumentar a oferta do ensino diurno, para haver melhores condições de aprendizagem — acredita a professora Fátima Alves, do Departamento de Educação da PUC-Rio.
Em nota, a Secretaria estadual de Educação destacou que a aprovação automática não é única explicação para o baixo desempenho e ressaltou que não houve tempo para que as melhorias pudessem aparecer.
“Com os investimentos feitos pela Secretaria de Educação, em 2009 e 2010, em contratação e valorização dos profissionais, infraestrutura e modernização da rede, a secretaria acredita que, nas avaliações dos próximos anos, terá condições de elevar os índices”, informou a nota.
Fonte: http://extra.globo.com/

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